Ayahuasca como um fenômeno tríplice: O Chá
Investigações e experiências demonstram a variabilidade do chá na sua composição química. Fatores dependentes das plantas e lugar de origem, da hora da colheita, do preparo (quantidade relativa das duas plantas, grau do apuro e tipo de água utilizada – fatores com o pH e teor mineral da água), influenciam a qualidade do chá e os seus efeitos. A quantidade utilizada durante uma cerimônia é também um fator decisivo. Quantidades habituais, moderadas, permitem uma observação melhor dos seus próprios conteúdos, um estudo detalhado da sua própria psicodinâmica. Quantidades maiores são necessárias para se ‘viajar no astral’ na linguagem dos usuários de algumas seitas. A utilização de quantidades maiores de chá, numa única tomada, é melhor aproveitada em ambiente específico, mais reservado, com supervisão adequada. Experiências fortes favorecem o tipo de vivências descritas na fenomenologia e religiosidade como ‘experiências místicas’; com uma prática adequada e um considerável trabalho interior é possível chegar-se aos mesmos resultados com dosagens menores.